segunda-feira, 13 de junho de 2011

Parceria com o Pro-vida



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Agência de Notícias da AIDS

Pesquisadores acreditam que nos próximos 30 anos será criada uma vacina preventiva para a aids      
 
Nas primeiras três décadas de pandemia de aids, cerca de 30 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença. Nesse mesmo período, porém, ocorreram várias conquistas na área científica, como o aperfeiçoamento da camisinha, o tratamento com antirretrovirais, a terapia pré e pós exposição e alguns avanços para criação de um gel microbicida.

E para os próximos 30 anos, quais são as expectativas? A Agência de Notícias da Aids conversou com alguns pesquisadores.

“Já erramos bastante, caminhamos muito e temos caminhos sólidos para buscar uma vacina para o HIV. Agora precisamos de investimento em pesquisa”, defende Alexandre Grangeiro, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP.

Alexandre também acredita na descoberta de uma vacina terapêutica. “Com todo o conhecimento que temos, não podemos mais aceitar a transmissão vertical do HIV e o diagnóstico tardio”, completa.

Para Artur Kalichman, diretor-adjunto do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, muitos estudos ajudaram a descobrir quais caminhos não se pode seguir para encontrar a vacina preventiva. “A maior dificuldade é a mutação do vírus”, explica.

Segundo Artur, apesar de estudos sobre profilaxia pré e pós exposição ao vírus apontarem bons resultados na prevenção ao HIV, esses métodos não substituirão a camisinha. “As estratégias se complementam. É muito mais acessível falar para as pessoas usarem camisinha, já que prevenção com antirretrovirais é mais burocrática, demorada e cara.”

Já o médico e professor de medicina da USP, Esper Kallás, ressalta a importância de mais estudos sobre a utilização de remédios para a prevenção do vírus da aids. “Temos que explorar mais o campo da prevenção”, defende.

Kallás acredita, ainda, que serão produzidas novas drogas com menos efeitos colaterais. “Temos novos antirretrovirais que estão em teste final e chegarão ao mercado em pouco tempo.”


Principais descobertas científicas

1981 - Descoberta da doença

1985 - Invenção do teste anti-HIV

1986 - Descoberta do AZT, medicamento que prolonga a sobrevida dos pacientes

1995 – O FDA aprovou o uso do antiretroviral Saquinavir, a primeira droga de um novo grupo de inibidores de Protease

1996 – Um crescente número de drogas foi aprovado pelo FDA nos EUA, para administração em combinação com outras drogas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde passa a fornecer esses antirretrovirais

1997 - Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV em terapia com antirretroviral

2010 – Estudo iPrEx, publicado no “The New England Journal of Medicine" aponta que homens que fazem sexo com homens tiveram reduzidas as chances de se infectarem pelo HIV ao tomarem antirretrovriais. Gel microbicida para mulheres (Caprisa) apresenta eficácia contra o HIV. Brasil adota a profilaxia pós exposição também para pessoas expostas ao vírus por via sexual.


Redação da Agência de Notícias da Aids


Dica de Entrevista

Faculdade de Medicina da USP
Tel.: (11) 3062-1845

Programa estadual de DST/Aids de São Paulo
Assessoria de Imprensa
Tel.: (11) 5087-9835

Esper Kallás
E-mail: esper.kallas@gmail.com


Fonte:

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cai a gravidez na adolescência





Número de jovens mães em São José diminui 38% nos últimos 10 anos; fácil acesso a contraceptivos é um dos motivos



Carolina Teodora

São José dos Campos

São José dos Campos registrou uma queda de 38,4% no número de adolescentes grávidas nos últimos dez anos.


Em 2001, a cidade contabilizou 1.983 casos de gravidez na adolescência --entre os 10 aos 19 anos de idade. Em 2010, foram 1.220 casos.



As adolescentes grávidas representaram no ano passado, 13% do total de partos realizados no município.



Os dados fazem parte de levantamento da Secretaria Municipal de Saúde divulgado com exclusividade a O VALE.



Segundo o estudo, o número de jovens grávidas cai ano a ano (veja quadro ao lado).

De acordo com a prefeitura, a boa notícia é resultado de uma rede de ações de orientação e assistência além da facilidade no acesso aos métodos contraceptivos.



A rede pública de saúde de São José distribui por mês uma média de 150 mil preservativos e 70 mil ‘pílulas do dia seguinte”. A pílula quando ingerida pela mulher até 72 horas após a relação sexual desprotegida impede a gravidez em 95% dos casos.



A distribuição desse remédio pela rede pública de São José começou em 2005 após uma grande polêmica envolvendo a Igreja Católica, Câmara e Ministério da Saúde.



Amor. Ana Paula Silva Monteiro, ginecologista e responsável pelo programa Saúde da Mulher em São José, disse que apesar da queda positiva, existe um comportamento muito preocupante da juventude atual: parte das adolescentes que ainda engravidam o fazem de propósito ‘como prova de amor ao namorado’.



Segundo ela, o mais importante do processo de evitar a gravidez na adolescência é a educação e conscientização dos jovens tanto na escola como dentro de casa.



“Tem adolescente de 11 anos que está grávida. Os jovens hoje sabem dos métodos de prevenção, mas muitas vezes não usam achando que nada vai acontecer com eles.”





Aos 15 anos, jovem descobre gravidez



São José dos Campos

Sexta-feira, 15h. Paloma Stefani Silvia Santos, 15 anos, descobriu que em seis meses vai ganhar um menino.



De pronto, a mãe de Paloma, Maria Aparecida Silvia, 33, escolheu o nome do neto: Pablo Henrique. Ainda sem perceber a importância da descoberta, Paloma aceitou a sugestão.



Sua maior empolgação era a voltar logo para casa no Bairrinho, na zona norte de São José, e ir para a rua contar às amigas, que naquele momento estavam chegando da escola.



Apesar de saber que está grávida, que é menino, e até de já ter definido o nome do primogénito era nítido de que a ‘ficha’ de que vai ser mãe ainda não havia caído na jovem mãe.



Segundo ela, o namorado de apenas quatro meses, e pai do bebê, já disse que não vai assumir a criança. Ela vai ter que se virar contando somente com a ajuda da mãe.



“Não quero forçar ele ficar comigo. Foi um erro nosso e agora vou ver o que vou fazer da vida”, disse.



De novo. Maria Aparecida, mãe de Paloma, já viveu a mesma novela. Teve a primeira filha aos 16 anos. “Minha vontade é de chorar muito, mas não vou expulsar ela de casa, como a minha mãe fez comigo”.